segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Um abraço.

Um abraço. De súbito você se senti responsável por alguém. Dizer o que, e com que palavras. Ver alguém chorando, e não ter palavras de consolo, é uma das piores sensações que existe. A incapacidade te destrói em certos momentos. Ainda bem que existem os gestos. A maravilhosa sensação de sentir os braços, o calor, peito com peito, alma com alma. Não sei o que seria de mim, ou de qualquer outro, se não existisse essa gênial idéia. Euréka. Você não precisa usar frase nenhuma, muito menos escolher as palavras certas. Com um movimento, você descobre que pode quebrar o silêncio, sem dizer nada. Ai que você se senti capaz. Uma capacidade sem palavras. Um gosto que te deixa tão bem. Nada explica o conforto de um abraço. Os corpos se afastam dizendo as palavras mais belas e curtas.
Depois de todo aquele momento, você se da conta de tudo que está a volta. As pessoas, o lugar, tudo e todos de olhos voltados para você. A vergonha? Não, essa é desnecessária nos momentos importantes. Eu particularmente não me importo. Pra mim um abraço nunca pode ser negado, ao menos que, seja por um amor que ja partiu.
Lagrimas? todas já estão no chão e sem força para atravessar o rosto. Agora você pode enxugá-las e dizer: Eu te amo. E relaxa que tudo vai passar... Agora vamos?

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