Um ano, um mês, ou um dia. Tanto faz. O Tempo não sabe dar o tempo necessário, pra eu me acustumar ao novo. O Novo não sabe o tempo que eu preciso, para deixar o velho. Os dois se desentendem, e eu, fico assistindo. Eles brigam desde que eu, me entendo por gente. Quando eu tive que largar o prézinho, a briga foi feia. Era tiro pra todo lado. O Tempo dizendo ao Novo, que não pode parar, e que já era hora de se abituar a situação. O Novo falando para o Tempo, que a hora é pouca,e que é preciso de um relógio mais paciênte, para ele se acomodar a situação. E então quando o Novo, consegue convencer o Tempo a por mais horas no relógio, não me faz ao menos uma pergunta, para ver se é o tempo que eu preciso. Nunca há um acordo justo, e como vocês podem analizar, eu sou o mais prejudicado. Ainda bem que as marés nem sempre saõ de brigas, não ao menos, para o meu grande amigo Velho. É ele que me acolhe quando não aguento mais o Tempo e o Novo. Nenhuma vez ele me deixou na mão. Esteve sempre ali, guardando as lembraças para me mostrar. Lembro do dia em que resolvi apelida-lo. Pensei, pensei e pensei... e enfim lhe arrumei o ilutre apelido: Passado. E até hoje não me sai da boca esse apelido. É claro que agora, me dirigo a sua pessoa pelo nome para evitar fururas confussões, mais quando nos encontramos pessoalmente só o chamo pelo apelido.
É dificil largar as coisas boas da vida, por isso que o Tempo e o Novo, sempre vivem em constante discordância. Agora eu entendo os dois. O Velho sempre entendeu a todos, acho que é devido a sua idade e experiência. Um dia o Velho me disse, que a única coisa que eu não iria largar é o amor. Me disse também, que esse tal de amor ,guarda segredos que até hoje, o homem nunca desvendou. Eu acredito nele. Nunca amei para saber como é, mas acredito. Acho que isso é questão de confiança no meu amigo. Quem sabe um dia eu descubro o amor e entendo como o Velho entende, o Tempo e o Novo.
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